terça-feira, 29 de maio de 2012


ANATOMIA MÉDICO-CIRÚRGICA DO SISTEMA VASCULAR
Histologia das artérias
·         Íntima (células endoteliais)
·         Lâmina elástica limitante interna
·         Média (muscular)
·         Lâmina elástica limitante externa
·         Adventícia
Artérias de condução – predominantemente elásticas, ex: Aorta.
Artérias de nutrição – predominantemente musculares; ex. A. renal.
Quanto mais distal o vaso ocluído, pior o prognóstico devido a perda da rede de anastomoses.
Anatomia
Ramos torácicos da aorta:
1.      Aa. Coronárias esquerda e direita que se originam nos seios de Valsalva.
2.      Tronco braquiocefálico ou artéria inonimada.
a.      A. carótida comum direita
b.      A. subclávia direita
3.      A. carótida comum esquerda
4.      A. subclávia esquerda
5.      A. intercostais

1.      A. carótida comum
1.1.   A. carótida externa
1.1.1.     A. tireóidea superior
1.1.2.     A. lingual
1.1.3.     A. facial
1.1.4.     A. occipital
1.1.5.     A. auricular posterior
1.1.6.     A. maxilar
1.1.7.     A. temporal superficial
1.2.   A. carótida interna
1.2.1.     A. oftálmica
1.2.2.     A. cerebral anterior
1.2.3.     A. cerebral média
2.      A. subclávia
2.1.   A. vertebral
2.2.   A. torácica interna
2.3.   Tronco tireocervical
2.4.   Tronco costo cervical
2.5.   A. axilar
3.      A. basilar – formada pela união das artérias vertebrais. Origina a cerebral posterior.
POLIGONO DE WILLIS
A.      Cerebrais posteriores
B.      Comunicantes posteriores
C.      Cerebrais médias
D.     Cerebrais anteriores
E.      Comunicante anterior
O polígono de Willis é o local mais frequente de aneurisma congênito.
Sinal de Oliver-Cardarelli: pulsação rítmica da traqueia ao ser deslocada para cima pela manobra na cartilagem cricoide ou para o lado esquerdo. Sinal indicativo de aneurisma de crossa aórtica.
Ramos da Aorta Abdominal
1.      Diafragmática inferior
2.      Suprarrenais médias
3.      Tronco celíaco
a.      Esplênica
b.      Gástrica esquerda
c.       Hepática comum
4.      Mesentérica superior
a.      A. duodenais
b.      Jejunais
c.       Ileais
d.      A. ileocecocólica
e.      A. cólica direita
f.        Cólica média
5.      Renais
6.      Gonadais
7.      Mesentérica inferior
a.      a. cólica esquerda
b.      a. sigmoideas
c.       a. retal superior
8.      Ilíacas comuns
a.      Ilíaca interna
b.      Ilíaca externa
9.      Sacral mediana

1.      Ilíaca Interna (a. hipogástrica)
a.      Retal média
b.      Pudenda interna
c.       A. umbilical
d.      A. obturatória
e.      A. vaginal
f.        A. uterina
g.      A. glúteas
h.      A. ileolombar
i.        A. sacrais laterais
Artérias dos membros
Superior
1.      Axilar
2.      Braquial
a.      Ulnar
b.      Radial
Inferior
1.      Femoral
a.      Femoral profunda
2.      Poplítea
a.      Geniculares
3.      Tibial anterior
a.      A. dorsal do pé
4.      Tibial posterior
a.      Fibular
b.      A. plantar medial
REDE VENOSA
Safena Magna
Se origina na face medial do pé onde o arco venoso dorsal do pé se une a outras tributárias para formá-la. Segue em sentido medial ascendente acompanhando trajeto do nervo safeno (ramo terminal do nervo femoral). Passa medialmente ao joelho e se direciona agora lateralmente até se juntar a veia femoral no hiato safeno.
Safena parva
Formada na face lateral do pé posterior ao maléolo lateral segue em sentido ascendente superficialmente entre os dois ventres do gastrocnemio e penetra profundamente até chegar a veia poplítea.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Espirometria

A espirometria avalia alguns dos volumes pulmonares.
Curva volume-tempo - auxilia na interpretação de que o tempo de expiração foi adequado.
Curva fluxo-volume - além de também auxiliar na verificação da boa técnica do exame, é útil na sua interpretação: tipo de distúrbio – obstrutivo, restritivo, ou misto, e presença ou não de obstrução
fixa ou variável das vias aéreas.


Capacidade Residual Funcional (CRF) - volume de ar nos pulmões após uma expiração normal: CRF = VR
+ VRE.
Volume Residual (VR) - Volume de ar mantido nos pulmões após uma expiração máxima, portanto não pode ser medido pela espirometria.
Volume de Reserva Expiratória (VRE) - Volume máximo que pode ser expirado após uma expiração normal.
Volume Corrente (VC) - Volume expirado ou inspirado durante cada movimento respiratório, em repouso.
Seu valor é muito variável, uma vez que depende de total repouso do paciente.

Volume de Reserva Inspiratória (VRI) – volume máximo que pode ser inspirado a partir do final de uma
inspiração em repouso.
– Capacidade Inspiratória (CI) – volume máximo que pode ser inspirado a partir do final de uma expiração
normal: CI = VRI + VC.
– Capacidade Vital (CV) – volume máximo que pode ser expirado após a inspiração máxima: CV = VRE + VC + VRI.
–  Capacidade Pulmonar Total (CPT) – volume de ar nos pulmões após uma inspiração máxima: CPT =
CV + VR.

O VR e a CPT não podem ser medidos pela espirometria.

Técnica: inspira até a CPT e, após, expira de maneira forçada e rápida até o VR; após, inspira rapidamente do VR até a CPT. Logo após o início do movimento expiratório, o fluxo chega rapidamente ao máximo possível – este é o pico do fluxo expiratório – e, a seguir, ocorre redução progressiva, à medida que se aproxima do VR. O primeiro 1/3 da curva expiratória depende, primordialmente, do esforço expiratório e, por conseguinte, da colaboração do paciente. Os últimos 2/3, principalmente da retração elástica

pulmonar.

Medidas espirométricas


– Capacidade Vital Forçada (CVF) – volume expirado com esforço máximo e o mais rapidamente possível, a partir de uma inspiração máxima. Durante sua realização, são medidos os fluxos instantâneos (FEF25, FEF50 e FEF75) e o FEF25-75.
.
Capacidade Vital Lenta (CVL)  –  volume máximo que pode ser eliminado após inspiração máxima, no entanto, sem exigência de esforço rápido e intenso. A CVL costuma ser igual à CVF, salvo nos pacientes que apresentem obstrução severa, quando a CVF pode tornar-se inferior à CVL, devido ao alçaponamento de ar que pode ocorrer na expiração forçada.

Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) – volume expirado no primeiro segundo da CVF. É a variável funcional mais usada na prática, particularmente nas doenças obstrutivas.
–  Pico do Fluxo Expiratório (PFE) – fluxo máximo obtido logo após o início da CVF (geralmente ao
final de 0,2 segundo). Como é estritamente dependente da vontade, é um indicador do grau de colaboração do paciente.

Fluxo Médio-Expiratório Forçado (FEF25-75%) – fluxo entre 25% e 75 % d a C V F.  Os f l u x o s FEF 2 5 % , FEF 50% e FEF 75%  medem o fluxo expiratório instantâneo nas marcas dos 25%, 50% e 75% da curva fluxo-volume da CVF. Esses fluxos não são essenciais na interpretação da espirometria, em virtude de sua variabilidade em diferentes medidas. A relação FEF 25-75% / CVF diminui essa variabilidade e pode auxiliar na detecção de distúrbio ventilatório obstrutivo quando os outros parâmetros forem normais (VEF1, CVF, VEF1 / CVF) e houver quadro clínico sugestivo.

Interpretação


Capacidade Vital Forçada (CVF) – Está reduzida caracteristicamente nos distúrbios restritivos, mas
também pode estar reduzida nos distúrbios obstrutivos, como no enfisema, por redução da retração elástica pulmonar. Quando ocorre sua redução e os fluxos são normais ou até supranormais, trata-se de doença restritiva. Nessa situação, as informações clínicas e radiológicas demonstrarão tratar-se de comprometimento pulmonar (por exemplo, fibrose pulmonar, congestão circulatória, atelectasia e pós-operatório de cirurgia de ressecção) ou extrapulmonar (por exemplo, doenças neuromusculares, cifoescoliose, limitação da mobilidade diafragmática, derrames pleurais e pneumotórax).


Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) – Reduzido em doenças obstrutivas de vias aéreas. Também está diminuído nas doenças restritivas, mas, nesta situação, nunca a valor percentual com diferença superior a 5% em relação à CVF.



Fluxo Expiratório Forçado entre 25% e 75% (FEF25-75%) – Está relacionado às vias aéreas de médio e pequeno calibre, podendo constituir-se na variável mais precoce para detecção do seu comprometimento, principalmente em fumantes assintomáticos. A relação FEF 25-75%/CVF% pode ser um bom preditor de declínio funcional nesses indivíduos.


Pico do Fluxo Expiratório (PFE) – Está relacionado com o esforço e colaboração do paciente na realização do teste. Pode estar diminuído em obstruções severas, porém sua correlação com o VEF1 não é necessariamente observada. Está bastante reduzido em obstruções altas das vias aéreas.


Curva Fluxo-Volume – O formato desta curva pode indicar a presença de obstrução, caso exista uma concavidade para o eixo do volume, ou restrição, que demonstra uma curva normal porém em miniatura.
Nas obstruções das vias aéreas de grosso calibre, pode-se observar achatamento das alças inspiratória e/ou expiratória, conforme a obstrução seja intra ou extratorácica, e seja variável ou fixa.

Índice de Tiffeneau (VEF1/CVF%) – Está diminuído em relação ao previsto nas doenças obstrutivas e
próximo ao normal ou aumentado nas doenças restritivas. Essa relação diminui, também, com a idade.

Distúrbios Obstrutivos: Diminuição de VEF1.
Distúrbios Restritivos: Diminuição de CVF.